CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE BANCO DE DADOS
Os homens mais primitivos utilizavam as pinturas rupestres, ao passo que os egípcios utilizavam hieróglifos. Anotações relacionadas às atividades de vendas diárias, tábuas de maré, variações de clima e temperatura, fatos do cotidiano e também fatos históricos. Exemplo como esses evidenciam que, desde sempre, o armazenamento de dados acompanha a humanidade em todas suas fases de evolução.
O conceito de banco de dados
Dado pode ser definido como a matéria-prima ou o elemento básico para a geração de informações. É um elemento básico para um banco de dados. Talvez você possa ter presenciado a cena, ou então visto em algum filme, de salas de clínicas médicas ou hospitais com grandes armários que armazenavam pastas que, por sua vez, continham fichas referentes ao paciente, aos procedimentos realizados, às receitas médicas e a diversas outras informações pertinentes ao ambiente clínico. Esse tipo de organização pode ser entendido como um banco de dados.
Banco de dados seria então uma coleção de dados persistentes referentes a um tema específico. A função dessa coleção é atender às necessidades de informação de seus usuários, sendo elas a de uma simples consulta ou a de geração de informações ou conhecimento.
Banco Relacional
O modelo relacional se destaca pela simplicidade e flexibilidade, utilizando como base os mesmo conceitos dos arquivos de dados. Os dados são armazenados em tabelas que, por sua vez, são compostas de campos e registros.
O banco de dados relacional foi criado com base na teoria matemática de conjuntos, e, por isso, seus componentes principais supracitados também podem ser conhecidos por seus correspondentes em linguagem matemática. Os campos podem ser chamados de atributos, os registros são chamados de tuplas, e as tabelas são conhecidas como relação.
A estrutura pode se comparada a uma planilha eletrônica, com suas linhas (tuplas) e colunas (atributos). O conteúdo de um conjunto linha-coluna específico é denominado célula, tanto para a planilha eletrônica como para o banco de dados relacional. A célula é responsável por conter o valor do atributo que, por definição, deve ser um valor atômico.
Tabelas / Entidades / Relação
Todos os dados ficam armazenados nas tabelas de um Banco de Dados Relacional (BDR). A tabela nada mais é do que o próprio nome está sugerindo, sendo esta uma estrutura bidimensional composta de linhas e colunas com seus dados.
Podemos pensar na tabela como uma representação permanente de uma relação lógica, ou seja, de uma relação cujo conteúdo possa ser salvo definitivamente para uso futuro. Já a palavra entidade, está relacionada a uma tabela que pode conter um grupo de ocorrências de entidades relacionadas, ou seja, um conjunto de entidades. Por exemplo, uma tabela chamada FUNCIONÁRIO contém um conjunto de ocorrências de entidades, cada uma representando um funcionário.
Colunas / Atributos / Campos
São os campos de um tabela, com nomes diferentes e contém tipos de dados diferentes. Por exemplo: uma tabela FUNCIONÁRIO que contém uma coluna chamada FUNC_NOME.
Linhas / Registros / Tuplas
Cada linha representa um registro diferente, contendo todos os mesmos atributos dentro de uma tabela. Cada linha da tabela descreve uma única ocorrência de entidade no interior do conjunto de entidades.
Chaves
As tabelas relacionam-se umas as outras através de chaves. Uma chave é um conjunto de um ou mais atributos que determinam a unicidade de cada registro. A unicidade dos registros, determinada por sua chave, também é fundamental para a criação dos índices.
A coluna de identificação em uma tabela é chamada de chave ou chave primária. Uma chave também pode consistir em múltiplas colunas. Por exemplo, podemos refirir a um registro específico combinando os campos correpondentes a ele, mas não tendo a garantia de ser única.
Temos dois tipos de chaves:
- Chave primária: (PK – Primary Key) é a chave que identifica cada registro dando-lhe unicidade. A chave primária nunca se repetirá.
- Chave Estrangeira: (FK – Foreign Key) é a chave formada através de um relacionamento com a chave primária de outra tabela. Define um relacionamento entre as tabelas e pode ocorrer repetidas vezes. Caso a chave primária seja composta na origem, a chave estrangeira também o será.
Índices
O índice é responsável por apontar para o local onde encontraremos a linha que estamos pesquisando, ou seja, é uma disposição ordenada utilizada para acessar logicamente as linhas de uma tabela. Um exemplo de índice, seria o índice de um livro, onde você iria pesquisar o assunto que está querendo ler e iria diretamente para a página que está sendo demonstrada lá.
Olhando pelo lado conceitual do BDR, é composto de uma chave de índice e de um conjunto de ponteiros. Cada chave aponta para a localização dos dados identificados por ela.
Relacionamentos
Os relacionamentos são associações entre as entidades. As entidades que participam de um relacionamento são também conhecidas como participantes e cada relacionamento é identificado por um nome que o descreve. Utiliza-se o verbo na voz ativa ou passiva. Exemplo: um ALUNO frequenta uma TURMA, um PROFESSOR ensina uma TURMA, um DEPARTAMENTO emprega um PROFESSOR.
Os relacionamento estão sempre em ambas direções:
- Um CLIENTE pode gerar muitas FATURAS;
- Cada FATURA é gerada por apenas um CLIENTE.
- Um para um (1 para 1) – indica que as tabelas têm relação unívoca entre si. Você escolhe qual tabela vai receber a chave estrangeira;
- Um para muitos (1 para N) – a chave primária da tabela que tem o lado 1 vai para a tabela do lado N. No lado N ela é chamada de chave estrangeira;
- Muitos para muitos (N para N) – quando tabelas têm entre si relação n..n, é necessário criar uma nova tabela com as chaves primárias das tabelas envolvidas, ficando assim uma chave composta, ou seja, formada por diversos campos-chave de outras tabelas. A relação então se reduz para uma relação 1..n, sendo que o lado n ficará com a nova tabela criada.